terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Ascima: Começa a campanha de vacinação nas aldeias


Teve início nesta terça 31, a campanha de vacinação contra a Febre Amarela, Pólio, Tétano e Tríplice Viral nas aldeias vinculadas a Ascima - Associação Casa de Apoio Comunitário Índia Mainumy. O período de vacinação vai até o próximo dia 8 de fevereiro, atendendo aproximadamente cerca de 1630 indígenas nas 22 aldeias.

Isto faz parte do plano de ação desenvolvido pela presidente da Ascima, Libiana Pompeu e sua equipe.  Libiana relata que, o compromisso da entidade é trabalhar para garantir melhores condições para as comunidades.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MPF/MA, Polícia Federal e Cimi discutiram investigações na terra indígena Araribóia

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) recebeu  durante  reunião com a Polícia Federal (PF), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e a Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA, uma representação a respeito da suposta morte de uma criança indígena de etnia Awa-guajá, e da extração ilegal de madeira na região.
Na reunião, o procurador-chefe da Procuradoria da República no Maranhão (PR/MA), José Leite Filho, e o procurador da República, Alexandre Silva Soares, discutiram com a PF e os representantes das instituições presentes, as provas até o momento existentes sobre o caso.
Ficou decidido então que o MPF/MA irá abrir inquérito civil público para apurar os fatos e solicitará, também, o deslocamento de nova equipe da Fundação Nacional do Índio (Funai) para verificar a situação no local onde a criança foi assassinada. A PF afirmou também que dará apoio aos trabalhos e, caso sejam verificados indícios do crime, será aberto inquérito policial.
Caso - Segundo o noticiário local recente, uma criança indígena da etnia Awa-guajá teria sido queimada viva por madeireiros na terra indígena de Araribóia, no munícipio de Arame (MA), a 438 km de São Luís (MA). A denúncia foi feita por representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que relataram a descoberta do corpo carbonizado da criança em um acampamento abandonado, nas proximidades da aldeia dos Awás-guajás.
Uma primeira reunião para discutir o caso foi realizada semana retrasada na sede da PR/MA, mas a Funai não enviou nenhum representante, apenas encaminhou relatório preliminar no qual nega a ocorrência do crime, já que não tem conhecimento da localização do corpo, e confirma a presença de madeireiros no local.
Histórico - Em 2006, o MPF/MA ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) contra a Funai, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a União, pedindo a retirada dos madeireiros da região e a instalação de bases de proteção da Funai na terra indígena. O pedido do MPF/MA foi julgado procedente pela Justiça Federal do Maranhão em 2010, mas devido à uma apelação apresentada pela Funai, que se posicionou contra a instalação Informações assessoria do MPF-Ma.

Intelectuais indígenas se manifestam por novo relacionamento com o Estado Brasileiro

Já se foi o ano 2011, o ano que culminou o retrocesso da política indigenista brasileira.

O ANO 2012 começa com força. Será um ano crucial para os povos indígenas, ameaçados por decisões espúrias, por joguinhos de poder, por manipulações, pelo descaso que tomou conta do governo e da Funai para com as sociedades indígenas, suas terras e seu destino na Terra.

O ANO 2011 começa com um Manifesto Indígena para a Recomposição das Relações entre Índios e o Estado brasileiro.

É o que eu estou chamando. 

Porém os assinantes desse Manifesto chamam-no simplementes de PROPOSTA de TRABALHO para a PRÓXIMA DIREÇÃO da FUNAI.

Que seja.

Mas leiam com atenção especial o que diz essa PROPOSTA-Manifesto, escrito por alguns dos mais conceituados intelectuais e profissionais indígenas, todos com extensa experiência na militância indígena. 

A PROPOSTA está circulando na internet e pelas comunidades indígenas Brasil a fora. Tem jeito de que vai ganhar adeptos entre indigenistas, antropólogos e simpatizantes da causa indígena. Tem jeito de que vai levantar os índios!

A PROPOSTA quer que o Governo Dilma Rousseff, e mais ainda, o Estado brasileiro, mude sua relação com os povos indígenas. Quer que os índios participem do progresso brasileiro, defendendo suas terras, suas riquezas naturais, suas culturas, mas que não fiquem a reboque de decisões sem consultas às comunidades indígenas.

Mas não é só consultas que querem. Querem participar de decisões sobre o desenvolvimento em áreas que afetem suas vidas, na Amazônia e por todo o Brasil.

Querem participar inclusive com seu capital histórico de primeiros habitantes do país, de seus nativos e autóctones, como seus donos prístinos.

Querem e vão obter. A História os redimirá, tenho certeza disso.

Por que o Governo Dilma não convoca os índios para conversar numa mesa de negociações?
 
Por: Mércio Gomes

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Produção de farinha é feita no improviso



A comunidade indígena da Aldeia Mainumy recorre ao improviso para produzir a farinha de mandioca, alimento comum para todos.

Normalmente a mandioca após descascada é triturada no catitú, que é um pedaço roliço de madeira envolto por várias lâminas de serra e ligado a um motor elétrico. Na ausência deste motor, observamos a criatividade desse indígena que utiliza um quadro de bicicleta adaptado a uma correia que faz a peça trituradora girar. Com um motor elétrico o trabalho da produção de farinha irá melhorar a vida de toda a comunidade.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Falta de transporte é um grande problema para as aldeias da ASCIMA


As comunidades indígenas da Ascima vem tendo problemas em decorrência da falta de transporte para atender todas as 22 aldeias. Uma Toyota que é o único transporte do qual estas comunidades depende, encontra-se em uma oficina em Barra do Corda há mais de 30 dias, o que aumenta a preocupação da presidente da Ascima, Libiana Pompeu. Hoje, existem 16 mulheres indígenas gestantes, onde metade deve entrar nos próximos dias já em trabalho de parto. A outra metade presisa de acompanhamento para saber do estado de saúde dos bebês. A entidade já solicitou junto a SESAI - Secretaria Especial de Saúde Indígena, ligada ao Ministério da Saúde, que por sua vez informou que está dependendo de ordem de Brasília para atender a solicitação. O preocupante é que casos de saúde sabe-se que não se pode esperar, principalmente na situação destas mulheres que estão gestantes e precisam se delocarem de suas comunidades para poderem chegar na cidade.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Buscando conquistas para os indígenas

 Presidente da Ascima, Libiana Pompeu

A Associação Casa de Apoio Comunitário Índia Mainumy foi criada no ano de 2009, em razão dos problemas enfrentados pelos indígenas de algumas aldeias, principalmente na área da saúde. A entidade é presidida por Libiana Pompeu dos Santos que juntamente com parceiros decidiram pela criação da associação.

Libiana Pompeu tem a confiança do povo de sua comunidade e algumas conquistas mediante muito trabalho fizeram com que esta confiança aumentasse. Atualmente a Ascima Índia Mainumy além da aldeia do mesmo nome responde por outras 21 que são: Patizal, Canafistula, Rodeador II, Jacú, Jacú II, Cachoeira, Aroeira do Rio Corda, Itaiwan, Chapadinha, Pedrinha, Paim, Sumawma, Judéia, Nova Jerusalem, Nova Mangueira, Juçaral, Boa Vista, Cacimba Velha, Jerisalem do Ourive, Mussum e Tucumã.

Para este ano são muitas as expectativas de melhorias nas áreas de saúde e educação. A associação já encaminhou no final do ano passado, ofício solicitando melhorias de algumas escolas e construção de outras. 

A comunidade recebeu recentemente a visita da secretária de estado da Igualdade Racial, Claudete Ribeira, que teve acompanhando de perto a realidade dos povos indígenas e se prontificou a ajudar no que estiver dentro das possibilidades. 

Para a presidente Libiana Pompeu, é de suma importância que o estado tenha uma dimensão das nossas necessidades e que dependemos também dele para melhorarmos nos índices de qualidade de vida.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Entidades apuram violência de madeireiros contra grupos indígenas

Criança awá-guajá. Foto: Fiona Watson/Survival
 Com a negativa da Fundação Nacional do Índio (Funai) em investigar as acusações de perseguição e violência de madeireiros contra indígenas da etnia Awá-Guajá, inclusive sobre denúncia de assassinato de uma criança, representantes de organizações de defesa de direitos humanos foram ao Maranhão investigar o caso. 

O grupo é composto por integrantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos. Eles avaliam as condições encontradas na Terra Indígena Araribóia, na cidade de Arame (MA), a 440 quilômetros a sudoeste da capital.

As acusações de assassinato da criança indígena, que teria tido seu corpo carbonizado por madeireiros em outubro passado, ganharam força na primeira semana de janeiro, divulgadas por meio de redes sociais na internet.

Segundo Rosimeire Diniz, missionária do Cimi que esteve no local, os índios Awá-Guajá vivem em grupos isolados de contatos com outras pessoas, até mesmo com outras tribos, circulando livremente pelo território da reserva. Ela acredita que as únicas pessoas que vinham mantendo contato com o grupo eram os próprios madeireiros.

À época do suposto episódio do assassinato, os índios estavam em um local alvo de extração ilegal de madeira e, a partir de então, não se teve mais notícias de onde exatamente vive o grupo indígena. “É provável que eles não tenham mais aparecido por lá por conta das ameaças”, avalia Rosimeire Diniz.

Na ida ao local, a extração ilegal de madeira dentro da terra indígena foi verificada. Após duas horas de caminhada, a comissão encontrou o acampamento destruído do povo Awá-Guajá em situação de isolamento, dentro de uma grande clareira com cerca de 40 toras derrubadas de árvores. “Tratores de madeireiros passaram por cima do acampamento Awá, destruindo tudo. Pelas marcas podemos dizer que era um grande veículo”, diz a missionária.

O indígena guajajara Clovis Tenetehara conduziu o grupo até a região da terra indígena. Ele era uma das pessoas que mantinha contato com os Awá-Guajá e teria partido dele a denúncia de que a criança havia sido carbonizada. Depois de publicado o relatório da Funai do Maranhão desmentindo o caso, ele admitiu se tratar de um boato. Agora, o Cimi acredita que ele pode ter sido intimidado a recuar da denúncia.

“Conforme Clovis contou, eles deviam estar no acampamento há dois meses quando foram atacados, em outubro do ano passado. Não foram mais vistos desde o ataque”, avalia Rosimeire. Os ativistas preferem esperar por mais alguns meses, até o período de menos chuva, quando os indígenas deslocam-se na área em busca de mel e caça para confirmar a situação.

O assessor jurídico da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), Igor Martins Coelho Almeida, disse que, ao não dar a proteção adequada a terras indígenas, o Brasil fere tratados internacionais dos quais é signatário, como a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Então o que temos ali na Terra Indígena Araribóia é a violação de um pacto internacional. Não é a primeira vez que denunciamos as violações ali”, ataca.

Igor aponta que o território é assolado por um contexto de violações sistemáticas, mas as fiscalizações são pontuais. Os madeireiros agem às vistas do estado e não há nenhuma repressão.

Na semana passada, a Funai informou que uma equipe foi até o local para verificar e apurar as denúncias, porém, não foram encontrados indícios que comprovassem o atentado. Na sexta-feira (13), em outro comunicado, a fundação afirmou que enviaria nova equipe ao território indígena. Segundo Rosemeire, os funcionários da Funai que foram à região do acampamento indígena não chegaram exatamente ao lugar do ataque.

O grupo organizará um relatório com as provas coletadas e entregará ao Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF).

Rede Brasil Atual

Comunidade Indígerna Mainumy tem celebração de batizado



 No final de dezembro 2011, na comunidade Mainumy foi realizado batizados de crianças e adultos em um momento marcante para todos. A cerimônia foi presidida pelo pároco da igreja Matriz de Santa Cruz, o frei Dorival. Para a comunidade é muito importante estar professando a fé católica pois, Sem fé, a vida é mera passagem, pos é através dela que se tem acesso ao mistério do plano de Deus.

domingo, 15 de janeiro de 2012

ASCIMA solicita do estado, melhoria da escola U`wanog

escola indígena U'wanog na aldeia Mainumy

A Associação da Casa de Apoio Comunitário Índia Mainumy encaminhou no final do ano passado, ofício à secretaria de estado da educação, solicitando a construção da escola indigena U`wanog, da aldeia Mainumy.

A presidente da ASCIMA, Libiana Pompeu, vem trabalhando com todos os esforços para trazer melhores condições de qualidade de vida para toda a comunidade, e espera que este ano que se inicia, seja um ano de muitas conquistas não só para a educação, mas também nos demais setores.