segunda-feira, 30 de abril de 2012

Líder indígena é assassinada com dois tiros na Aldeia Coquinho II, no Centro-Sul do Maranhão

Em protesto, índios vão bloquear BR-226 na próxima quinta-feira (3), para cobrar do poder público mais segurança na região.

G1 Ma

Foto: ìndios do Maranhão

A líder indígena Maria Amélia Guajajaras, pertencente a tribo Guajajaras, foi assassinada neste sábado (28) por volta das 14h com dois tiros. O principal suspeito do crime, de acordo com testemunhas, mora com um índia da mesma aldeia da vítima. Após a execução, o assassino fugiu da localidade.
A indígena era líder da Aldeia Coquinho II, da reserva Canabrava, localizada entre os municípios de Grajaú, Barra do Corda e Jenipapo dos Vieiras, região centro-sul do estado do Maranhão.
De acordo com o líder da Aldeia Bananal, a cacique teria sofrido represália de pessoas que assantam na reserva e devido a uma manifestação realizada por parte da aldeia solicitando do poder público mais segurança na rodovia BR-226, que corta as três cidades . Segundo ele, o número de assalto naquela região tem aumentado.
Manifestação
O caso da morte da líder indígena foi registrado na Delegacia Regional do município de Grajaú. Por conta da morte da cacique, os índios estão organizando uma manifestação para a próxima quinta-feira (3). Eles pretendem fechar a BR-226 para cobrar do poder público mais segurança na região. Além de um posto Policia Rodoviária Federal e das outras polícias, os indígenas pedem também monitoramento das aldeias situadas na região.
“O problema não é um conflito indígena e sim de segurança pública. Já fizemos várias manifestações, mas ainda não obtivemos nenhuma resposta dos órgãos competentes. Estamos lutando pela segurança das pessoas que passam pela região”, explicou o líder da Aldeia Bananal.
O corpo da líder índígena assassinada foi velado e enterrado no final da tarde deste sábado (28) na própria aldeia Coquinho II. A cacique, de 57 anos, deixa 7 filhos.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Porque dia do Índio?


Hoje é o dia do Índio, mas você sabe quando e como começou a comemorar esta data? O Ih, Falei! pesquisou e trouxe as informações até você.
Em 1940, o México realizou o I Congresso Indigenista, em que iriam ser discutidos assuntos referentes à qualidade de vida dos índios. 
Os próprios Índios também foram convidados a participar do Congresso, mas como estavam acostumados a serem desrespeitados, preferiram não participar.
Mas após alguns dias, os Índios entraram em um acordo e decidiram que iriam participar do Congresso, já que lá seriam discutidos problemas que dizem respeito a eles. A data em que foi tomada esta decisão tão importante era 19 de abril de 1940, por isso este dia se tornou o dia do Índio.
Em 1943, Getúlio Vargas, que era o atual presidente do Brasil, decretou que todo dia “19 de abril” seria comemorado o dia do Índio no Brasil.

domingo, 1 de abril de 2012

Reportagem Mostra as Dificuldades dos Índios do Maranhão Para Conseguir Atendimento Médico

A tribo formada por 52 índios, a maioria crianças e idosos, vive praticamente isolada e sofre com a falta de médicos.

No Maranhão, vivem cerca de 32 mil indígenas, que são obrigados a sair das aldeias quando precisam de atendimento médico. Quando chegam na cidade, o drama só aumenta.

Maria Salete Krikati viajou cerca de 70 quilômetros em busca de atendimento na Casa de Apoio à Saúde Indígena de Imperatriz, sudoeste do Maranhão. Encontrou as enfermarias desativadas, camas enferrujadas, colchões rasgados, sem lençol, e banheiros sujos.

Maria Aurora veio de mais longe, viajou cerca de 300 quilômetros para fazer uma cirurgia de catarata, mas corre o risco de perder a visão por causa da demora no atendimento.

Os indígenas também se queixam da falta de transporte para os pacientes. Uma ambulância foi abandonada, enquanto mulheres e crianças se arriscam em uma viagem perigosa na carroceria de uma caminhonete da Fundação Nacional de Saúde.

O Ministério Público Federal entrou com ação civil pública na justiça em 2008 cobrando providências na Casa de Apoio à Saúde Indígena de Imperatriz.

Segundo Arão Guajajara, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, falhas na política de assistência aos índios provocam sérias consequências nas aldeias. “O alcoolismo, a questão da prostituição, a contaminação de algumas pessoas com HIV, a questão social com crianças e adolescentes, há crianças nos municípios catando lixo. Quem vai dar uma resposta a esse problema social?”, questiona.

Lucínio Brito Carmona, chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena do Maranhão, reconhece as carências no atendimento aos índios e promete uma solução. "Vamos levantar a real situação da saúde indígena e ainda este ano, vamos construir a Casa de Apoio à Saúde Indígena e um posto de saúde".

A Justiça do Maranhão deu um prazo de 120 dias para que o Governo Federal, por meio da Funasa, melhore a assistência à saúde dos índios.

Globo Rural